Três semanas após a morte, família ainda aguarda o IML liberar o corpo do pescador para enterra-lo
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Três semanas após a morte, família ainda aguarda o IML liberar o corpo do pescador para enterra-lo

O drama da família, iniciou no dia 08 de fevereiro, após seu Raimundo Silva de Souza (50), sair para pescar e ter desaparecido no Rio Manacapuru.



Desde o desaparecimento em 08 de fevereiro, já se passaram 20 dias, e até o momento a família do pescador Raimundo, que era conhecido em Manacapuru como seu Sassá, ainda não conseguiu proporcionar a ele um enterro digno, o motivo? O corpo do homem de 50 anos, ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML).


Angustiados, os familiares pedem ajuda e agilidade na liberação do cadáver do pescador.


"Nossa angústia está desde o desaparecimento, ele morreu no dia 8 e o corpo dele foi encontrado no dia 9, e foi trazido para o necrotério, por volta das 3h da tarde, mas o IML só veio buscar o corpo do meu irmão, por volta do meio dia do 10, ele ficou quase 24h esperando no necrotério, chegando lá em Manaus, eles falaram que não foi possível realizar a identificação do corpo através das digitais, então, foi preciso que fosse feito o exame de DNA". Disse Frank de Souza, irmão da vítima

Ainda de acordo com Frank, os pais estão sofrendo muito, primeiro pela perda repentina do pescador, segundo pela demora na liberação do corpo.


"Nossos pais estão doentes, minha mãe está com várias noites que não dorme, estão angustiados, muito abalados com tudo, e estão ainda tendo que passar por isso, nós precisamos de ajuda, queremos que alguém possa intervir por nossa família, meu irmão é um ser humano, precisa de ter um enterro digno, gente, nós só estamos pedindo isso, a chance de enterrar nosso irmão de forma digna, ele era uma pessoa boa, e merece descansar em paz". Lamentou

Frank reforçou ainda, o empenho da família e a ausência de certeza e informações por parte do Instituto Médico Legal (IML), que segundo ele, disse não ter previsão do dia em que o corpo poderá ser liberado.


"Eu ligo todos os dias, e a história é sempre a mesma, que não tem resposta, não tem previsão, enquanto isso, meus pais estão sofrendo, a família toda esta sofrendo, se fosse um filho de um político, de alguém influente, já tinham resolvido, mas como é de uma pessoa humilde, de uma família simples, nós estamos sujeitos a essa situação". Desabafou

Por meio de nota, o Instituto Médico legal, informou que devido ao avançado estado de decomposição, ficou impossível realizar a identificação por meio das impressões digitais, sendo submetido ao processo de identificação por DNA, o que requer maior tempo para o resultado (Leia a nota na íntegra) O Instituto Médico Legal do Amazonas informa que o corpo da vítima está passando por exames de identificação por meio de DNA, uma vez que, pelo estado em que o corpo foi encontrado, não é possível realizar a impressão digital e nem a análise da arcada dentária. A identificação pelo DNA é o método mais complexo, e pode levar até três meses para que os exames sejam finalizados, pois em muitos casos é necessário ser refeito.


Todos esses procedimentos seguem os trâmites regulares da medicina legal no que tange a identificação de pessoas vítimas de violência ou de corpos localizados com causa da morte ainda desconhecida. Esses procedimentos de identificação são regulamentados por lei e são fundamentais, uma vez que podem auxiliar na elucidação de crimes, assim como evitar eventuais erros no reconhecimento de vítimas, impedindo que uma pessoa seja enterrada como sendo outra. São métodos científicos seguidos pela perícia em todo o mundo.


O IML reitera que o processo de liberação de corpos só pode ocorrer após a devida conclusão da identificação sob pena de responsabilização judicial em caso de erros.



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