Menor denuncia estupro que teria acontecido nas dependências do Galpão da Tradicional em Manacapuru
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Menor denuncia estupro que teria acontecido nas dependências do Galpão da Tradicional em Manacapuru

O suspeito, é o vice-presidente da agremiação que se apresentou na DEP onde permanece preso em razão de mandado de prisão expedido pela justiça.


Por Érisson Araújo


Nossa equipe recebeu a denúncia de um suposto estupro de uma menina de 15 anos de idade, caso que teria acontecido dentro do galpão da Ciranda Tradicional, por volta das 19h do dia 27 de dezembro de 2019. O autor, segundo a denúncia, é Marcos Lima, vice-presidente da agremiação.


Nossa equipe conversou com a mãe da menor, que nos deu detalhes de como o fato teria ocorrido.


“A minha filha saiu de casa para encontrar uma amiga que tinha conhecido no facebook, uma tal de Kamila Gama, elas tinham marcado de se encontrar em frente ao galpão da ciranda Tradicional, para se conhecerem pessoalmente. Chegando lá, não tinha ninguém, quando ela já ia subindo no mototáxi, um homem apareceu, chamou minha filha pelo nome e disse que era pai da Kamila, e que ela teria pedido para minha filha espera-la que já estava chegando do trabalho”. Disse

De acordo com a mãe da vítima, a menina ainda hesitou em permanecer, e ainda foi orientada pelo mototaxista para não ficar, mas, que ele insistiu.


“Minha filha confiando permaneceu no local, quando o mototaxista foi embora, ele convidou ela para entrar no galpão, perguntando se ela queria conhecer o local, chegando lá dentro ele começou as conversas para ela, ofereceu até dinheiro para transar com ela, como ela recusou ele pegou ela a força e levou para um quartinho, jogou ela no chão e a estuprou, agrediu e forçou ela a fazer de tudo”. Relatou a mãe aos prantos.

Ainda segundo relatos da mãe da menor, durante os abusos o homem ainda teria feito ameaças a vítima e também a família.


“Ela contou que ele falava o tempo todo que era traficante, e fazia parte de uma facção, e que ele iria matar ela e a família se ela contasse alguma coisa, e quando ela tentou gritar ele a agredia e mostrou uma arma para ela prometendo de matar se ela não calasse a boca. Estamos muito revoltados com tudo que aconteceu, ele precisa pagar por esse crime, por tudo que ele fez”. Disse.


A denúncia


Após os abusos, a menor ficou com medo de contar para a mãe, porém, relatou o caso para uma amiga, que incentivou ela a contar a verdade, e após descobrir o caso, a mãe procurou a Delegacia Especializada de Manacapuru para fazer o registro da ocorrência. As suspeitas é que o homem tenha criado esse perfil falso no facebook e usado para atrair a jovem até o local onde cometeu o crime.


Nossa equipe procurou a Delegacia Especializada de Manacapuru, e falamos com a Delegada Roberta Merly, que confirmou a denúncia e disse que após o processo de investigação que culminou na identificação do suspeito, pediu da justiça a prisão preventiva que foi expedido.


“Esse caso chegou aqui na delegacia, realizamos todo o processo de investigação, ouvimos a vítima foi encaminhada para o psicólogo, para o hospital para realizar o exame de conjunção carnal, continuamos com as diligências, chegamos a oitivar uma testemunha, que teria levado a menor ao local, e que também conseguiu reconhecer esse suspeito e aí foi quando representamos pela prisão preventiva dele”. Disse Merly

A prisão


De acordo com Delegada Roberta Merly, após sair o mandado de prisão, os investigadores iniciaram o processo e buscas para capturar o suspeito, até que na última segunda-feira (20), ele se apresentou na presença de um advogado.


“O advogado apresentou ele aqui na delegacia, e ele negou todos os fatos, alegou que não conhecia a vítima e que nunca havia praticado crime dessa natureza. Esse caso é um caso que corre em segredo de justiça e a Polícia Civil vai seguir para dar fechamento as investigações”. Finalizou.

O alerta


O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de Manacapuru, que faz o acompanhamento da menor. De acordo com a Conselheira Milca Ruíz, esse tipo de caso é mais comum do que se imagina, e muitos, não chegam ao conhecimento das autoridades porque as vítimas ficam com medo.


“Infelizmente, são muitos casos dessa natureza, a vítima foi ouvida por nós e o que ela nos relata é revoltante, e nossa total preocupação é com a menina que tem apenas 15 anos, os exames comprovaram que ela ainda era virgem, ela precisa de apoio psicológico, porque não é fácil passar pelo o que ela passou, esperamos que a coragem dela em denunciar possa encorajar outras meninas que já passaram por isso e sofrem em silêncio por terem medo ou vergonha”. Disse Milca.

A ciranda

Nós procuramos Magal Pinheiro que é presidente da Ciranda Tradicional, que relatou ter tido conhecimento dos fatos após a prisão do suspeito.

“Após tomar ciência dos fatos nós tomamos como providência desligar o envolvido de toda e qualquer função da ciranda, primeiro porque não compactuamos com esse tipo de situação que foi relatado na denúncia, agora, o caso vai ser esclarecido e que se de fato ficar comprovado isso, ele terá que pagar perante a justiça. Segundo, que a Ciranda Tradicional, sempre priorizou os valores do respeito, e jamais iremos permitir que qualquer eventual situação possa destruir o legado e a história da nossa agremiação”. Disse em nota.

Nossa equipe recebeu um vídeo do momento em que o suspeito foi realizar o corpo de delito no Hospital de Manacapuru. (veja).




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