Idam atua há 25 anos levando desenvolvimento rural para as famílias do campo
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Idam atua há 25 anos levando desenvolvimento rural para as famílias do campo

Uso de tecnologias no campo e apoiar a inclusão socioeconômica.



Facilitar o uso de tecnologias no campo e apoiar a inclusão socioeconômica, produtiva e agroambiental das mais de 85 mil famílias rurais estão entre as prioridades do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), que completa 25 anos de existência e de serviços prestados em todo o Amazonas, na próxima quinta-feira (18/03).

O Amazonas possui algumas especificidades e logística diferenciada, tornando muitas vezes um desafio para os extensionistas rurais que levam os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) às comunidades distantes e de difícil acesso. Entre os públicos assistidos pelo Idam estão o agricultor familiar, o indígena, o pescador, o extrativista, o ribeirinho, o pecuarista, os quilombolas e o pequeno criador.


“Ao completar 25 anos de bons serviços prestados, o Idam vem se estruturando e se consolidando como um órgão estratégico de políticas de estado para o setor rural do Amazonas. Trabalhamos com foco no desenvolvimento sustentável e ênfase na assistência técnica e extensão rural, proporcionando aos agricultores o acesso às políticas de fomento, crédito rural, organização social e produtiva, ordenamento ambiental e estruturação da produção agropecuária”, destacou o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso.

Apesar dos desafios da Amazônia, os extensionistas têm levado a inovação tecnológica com o intuito de tornar eficientes os processos produtivos, a exemplo do pastejo rotacionado utilizado na atividade de pecuária ou da mecanização agrícola, que tem viabilizado o aumento na produção de alimentos e diminuído o esforço físico dos trabalhadores no campo.

Apoio técnico Na sub-região do Juruá, município de Ipixuna, os técnicos do Idam percorrem até duas horas de viagem (fluvial e terrestre) para chegar à comunidade Igarapé Limão. No período do verão é possível utilizar o quadriciclo para chegar às Unidades de Produção Familiar (UPF) e, durante o inverno, a lancha é o principal meio de transporte.

O agricultor familiar Lourival Damião de Souza, de 45 anos, da Fazenda São Francisco, no Igarapé do Limão, zona rural de Ipixuna, conta que, com o apoio técnico do Idam e o acesso ao crédito rural, por meio do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), foi possível mudar sua estrutura de produção, e hoje a realidade no campo é bem diferente de quando iniciou com o cultivo de culturas agrícolas, há 20 anos.

“Iniciei aos 25 anos com os plantios de milho e arroz. Em 2016, os técnicos do Idam elaboraram um projeto de crédito rural no valor de R$ 129 mil e fui contemplado. Com esse dinheiro consegui investir na pecuária. E hoje tenho um rebanho de 266 cabeças de gado, consegui comprar animais geneticamente melhorados e investi na estrutura de criação”, destacou Lourival.

Lourival possui uma área de 180 hectares de pastagem e uma produção diversificada com a criação de bovinos, suínos e caprinos. Além da criação de aves caipiras e cultivos de culturas agrícolas como banana, mamão, milho, arroz e mandioca para produção de farinha. A produção é comercializada no próprio município e a renda chega a um montante de R$ 190 mil por ano.

De acordo com o técnico em zootecnia e gerente do Idam em Ipixuna, Valdécio Gomes, o agricultor adotou, nos últimos anos, o sistema de pastejo rotacionado, respondendo na produção de bovinos de corte.

“Na propriedade, o agricultor distribuiu uma área de 180 hectares de pastagens em nove piquetes, cada um com 20 hectares. O produtor consegue, em curto período, trabalhar o abate dos animais. Nesse sistema, os animais conseguem ter melhor aproveitamento da pastagem e consequentemente maior precocidade do rebanho. Por isso, o giro da pecuária é rápido na propriedade, e os resultados têm sido animadores”, explicou Valdécio.

Mecanização Na tecnologia da mecanização agrícola, o Idam está trabalhando áreas, inicialmente, de um a três hectares. Nesse modelo, o Instituto entra com as máquinas e implementos agrícolas, e o pequeno produtor, com os insumos necessários para a operação das máquinas. O programa é direcionado a pequenos produtores com pouca estrutura de produção e tem como objetivo diminuir os custos do homem do campo e conter o desmatamento ilegal no interior do Amazonas.

O modelo já é utilizado nos municípios de Parintins e Presidente Figueiredo, e no Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré. Até o momento, cerca de 100 famílias rurais foram beneficiadas com a mecanização de 350 hectares. Ao todo, o investimento na tecnologia para o período 2021-2022 será de R$ 10 milhões.

Inclusão social No Alto Solimões, a assistência técnica direcionada aos agricultores indígenas dos municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant possibilitou a participação desse público no Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme). Os indígenas dessas localidades participam pela primeira vez do programa gerenciado pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).

O Instituto tem apoiado as famílias indígenas na emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e Cartão do Produtor Primário (CPP), assim como nas questões de associações jurídicas, e mantém uma política de Ater continuada, com foco na sustentabilidade. Essas ações têm resultado na geração de renda, garantia alimentar, dinamização da economia rural e democratização de oportunidades no campo.

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