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Dia Mundial de Doação de Leite Humano: mãe destaca importância desse ato de amor e solidariedade


Leite doado é pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade, no BLH, antes de ser disponibilizado ao recém-nascido


Nesta quinta-feira (19/05) se celebra o Dia Nacional e Mundial de Doação de Leite Humano, data escolhida para conscientizar sobre a importância da doação e incentivar mães a se tornarem doadoras. O Amazonas possui uma das maiores redes de leite materno do país. São três Bancos de Leite Humano (BLHs), coordenados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que realizam a coleta, processamento e distribuição do alimento materno para bebês prematuros internados em maternidades da rede pública de saúde.


Mãe de dois filhos, Anne Caroline de Lima, de 33 anos, é doadora do BLH da Galiléia, localizado na Maternidade Azilda Marreiro, desde fevereiro deste ano. Ela já doou 10 litros de leite e relembrou a motivação e o processo para se tornar doadora.

“Quando o Pedro nasceu, eu já amamentava meu filho mais velho e a minha produção de leite era muito grande. O meu filho mais velho voltou para escola e minha produção de leite continuou grande. Foi quando eu comentei com uma amiga, que já era doadora, e ela falou que a maternidade estava precisando bastante e me passou o contato”, explicou.

O leite doado é pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade, no BLH, antes de ser disponibilizado aos bebês prematuros. O alimento materno é essencial para a recuperação e o desenvolvimento desses recém-nascidos.

“O que me motiva é saber que esse leite vai principalmente para crianças prematuras, que nasceram com baixo peso e estão precisando só ganhar peso para ir para casa. Eu, com filhos saudáveis, me coloco no lugar dessa mãe que está só esperando o filho ganhar peso para estar com a família toda em casa. É o que me motiva, saber que eu ajudo alguma família de alguma forma”, afirmou a mãe.

A doadora ressaltou a facilidade em fazer a doação e a disponibilização de orientações, materiais (frascos, EPIs e etiquetas de identificação) e da coleta em domicílio pela equipe do BLH.


“Toda segunda-feira, eles vêm recolher o leite, recolhem e já me deixam frascos novos para recolher durante a semana. Não só o frasco como todo material. Como doadoras, o único trabalho é só extrair mesmo o leite, porque a logística é toda feita com a maternidade. Tem o grupo da maternidade, para o qual a gente doa, onde a gente informa a disponibilidade de leite, se conseguiu fazer a extração para doação ou não, e elas tiram todas as dúvidas sobre a extração de leite, amamentação e qualquer dificuldade que alguma mãe esteja ao amamentar”, explicou.

Anne destacou a importância do diálogo e do contato entre as mães para divulgar e incentivar a doação. Ela fez um apelo a outras mães. “A minha amiga que me indicou já estava quase não doando mais. Aí, como ela falou, colocou uma pessoa para ficar no lugar dela. Se você é mãe ou conhece alguma mãe que esteja amamentando, que você possa fazer a divulgação dessa campanha de doação, porque ela é muito importante”, disse.


Doação – Toda mãe com excedente na produção de leite é uma potencial doadora. De janeiro a abril deste ano, 310 mães fizeram doação para os três BLH, que reúnem 22 postos de coleta na capital e no interior.

Para doar, basta entrar em contato com qualquer um dos Bancos de Leite e obter todas as orientações: BLH da Galileia, nos números (92) 3643-5523 e 99170-5783; BLH da Maternidade Ana Braga, no (92) 3647-4235; e o BLH Fesinha Anzoategui, na Maternidade Balbina Mestrinho, no (92) 99339-0130.



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